Sunday, September 13, 2009

Marselha em fotos III


Marselha em fotos II


Marseille em fotos


Marseille

Buenas, vâmbora: relato de viagem - Destino: Marselha, França, Costa do Mediterrâneo. Motivo: Passagem. Barata. Fomos.

Problemas: Nada sabíamos do destino, realmente apenas nos dirigimos para aí devido à atratividade do nome e o preço. Não sabíamos mais que três frases em francês. Não tínhamos nenhuma reserva de hotel ou coisa parecida.

Primeiras impressões: Chegamos já meio que tarde da tarde em Marselha na quarta-feira e pegamos o ônibus do aeroporto para o centro da cidade. Parecia meio vazio, meio sombrio, meio exageradamente povoado por argelinos e carente de turistas ou coisas turísticas ao menos. Aí decidimos caminhar. Chegando numa rua que parecia mais civilizada tomamos à esquerda (3 dias depois descobrimos que se virássemos à direita chegaríamos onde chegamos por outros meios, vias e aleatoriedades: o porto velho de marselha, centro de bares, jogatina, fumaça e diversão). Péssimas primeiras impressões. Decidimos ir para outra vila costeira no dia seguinte.

Porque não fomos para outra vila costeira: porque já decididos a tomar um trem ou ônibus ou modal disponível, comíamos um sanduíche de café da manhã quando interpelados fomos por um francês de inglês tosco, mas funcional, que nos criticou muito por querermos ir pra Saint Tropez, dizendo que aquilo era um centro de ostentação e que se quiséssemos ir à praia que fôssemos em Marselha que era mais barato, mais legal e mais azul. Vale dizer que ele era uma espécie de mendigo (mas europeu, saca?). Acabamos ouvindo o sábio e usando das ferramentas linguísticas que a natureza nos oferece para achar a tal da praia em Marselha.

A tal da praia em Marselha: Sensacional. Mediterrâneo azul como as boas versões da camisa do Grêmio. Infinitas mulheres de topless (velhotas, jovens, feias, bonitas, gordinhas, magrinhas e espetáculos) e um tremendo choque cultural. Mas no começo, depois fica natural (exceção às mulheres-espetéculo, mas essas até de burca). Acompanhados de toda nossa bagagem (duas mochilas que é o que as low cost te permitem levar no vôo sem te arrancarem um órgão vital) farofeamos na côte d'azur.

Pontos turísticos: Chateau D'If (castelo onde o Edmond Dantes fica preso por 14 anos no Conde de Monte Cristo), Stade Vélodrome e Palais Longchamp (se tu acha que foi pra Paris, viu a Torre Eiffel e o Louvre e acha que levou o melhor da França, think again, mané - esse Palácio é daqueles Palácios estilo Palácio mesmo, saca?).

Alimentação: Sem falar a língua e com pouca grana, McDonalds e Kebab são sempre as melhores opções.

Ponto Marcante: busca incessante por hotéis nos 3 primeiros dias (acabávamos sempre sendo expulsos por reservas existentes de pessoas cautelosas - e que não sabem se divertir).

Retorno: já no ônibus, atrasados, resolvo conferir a passagem e percebo que a saída do avião estava marcada para 30 minutos antes do que eu pensara. Tinha certeza de que íamos perder o avião, mas corremos pelos corredores, furamos a fila da segurança, não passamos no guichê para pegar o carimbo de validade dos nosso passaportes de estrangeiros (e fomos duramente criticados por isso posteriormente) e ainda consegui burlar o sistema de raio-x e levar comigo um protetor solar (deus me livre que vou deixar 7 euros assim de graça presse povo do aeroporto). Já suados, atrasados e bufando, tivemos a chance de comemorar ao sermos os últimos a entrar na aeronave.

Au revoir, Marseille!

Sunday, September 6, 2009

Astro de Televisão

Como até mesmo os não aficcionados por futebol sabem, ontem, 5 de setembro foi jogada a "Batalha de Rosário", partida de futebol entre o Brasil e uma tal Argentina. Além da rivalidade proposta pelos azuis (na minha opinião só pode haver rivalidade entre iguais e que me desculpem os platinos, mas o país deles é uma piada de mau gosto), o jogo era fundamental para suas pretensões classificatórias para a Copa do Mundo de 2010.

Buenas, até aí vamos dentro da normalidade. O inusitado é que um canal de rede nacional espanhola achou interessante travar um embate de provocações entre um torcedor brasileiro e um argentino. Não faço idéia e não me interessa como, mas acharam um anão para representar o país que tem como figura máxima um cheirador de pó. Já para defender a pátria amada, idolatrada e salve salve eles entraram em contato com a Casa do Brasil em Madrid, residência universitária do gigante deitado eternamente em berço esplêndido (penso quando vai se levantar...). E lá morei de setembro de 2008 a julho de 2009, tendo me tornado conhecido pelas opiniões infames sobre absolutamente qualquer assunto, inclusive futebol. Devido a isso fui recomendado à produção e na última sexta-feira, 4 de setembro, gravei algo em torno de 2 minutos (1 minuto falando verdades ofensivas sobre o povo argentino* e 1 minutos gesticulando sem poder falar - ordens do diretor). Pronto, em 1 take eu sintetizei 26 anos de ódio, ojeriza, asco e cumpri com meu objetivo na Terra. O vídeo foi ao ar no mesmo dia (4/set) em rede nacional no horário nobre (21h).

Não temo pela minha segurança nas ruas, já que, como disse, tenho o sentimento do dever cumprido. Qualquer represália argentina não apagará aqueles 120 segundos de disparates contra toda uma nação**.



*Toda verdade sobre um argentino soa ofensiva. Não deixam de ser verdades, porém.

** Quando tiver o vídeo em minhas mãos farei um upload no blog para todos os 3 leitores***

***eu incluído

Thursday, September 3, 2009

Asfalto

Me lembro de quando era criança e passa mês e meio longe de Porto Alegre no verão. Lembro como era aventuroso e satisfatório chegar à costa e viver um ritmo de vida completamente diferente, de bermuda e bronzeado, de sorvete e camarão. Ficando menos jovem, estes períodos se reduziram a finais de semana, mas o que importa é o sentimento quando do retorno. Uma sensação de voltar ao lugar ao qual pertencia, o concreto, o asfalto, o barulho. Nunca sei dizer se sentia falta de Porto Alegre ou do ritmo urbano em si.

Seria, talvez, mais fácil de responder isso quando do meu retorno de períodos longos em outras cidades, ainda mais metropolitanas, e concluo de que não era a Câncio Gomes ou a Goethe que me faziam saudoso. Nasci em edifícios e aí é o meu habitat natural. Aprecio a calma da cidade pequena, da vila costeira, mas aprecio como um ser civilizado aprecia a sobremesa: um pouco e depois do almoço.

Hoje, eu não tenho um lar, tenho lares. E são todos cobertos de poluição e caos.